SÃO PAULO - A mudança de estratégia do governo em relação ao dólar pode trazer benefícios para quem está pensando em viajar para o exterior. A intenção de usar o câmbio para reduzir a pressão sobre a inflação deve fazer a moeda americana se desvalorizar, pelo menos no curto prazo, avaliam analistas de câmbio. Nas mesas de operação das corretoras de câmbio, já se fala que o novo piso para o dólar comercial seria de R$ 1,95. Se isso acontecer, o dólar turismo, que nesta terça-feira já foi vendido a R$ 2,05 do Banco do Brasil e a R$ 2,10 no Bradesco, pode cair ainda mais, considerando que seu valor é cerca de 5% acima do câmbio comercial. Na média, nesta terça-feira, a moeda no câmbio turismo recuou 0,46%, para R$ 1,90 para compra e R$ 2,14 para venda.
Como o dólar turismo reflete — ainda que com menos intensidade — os movimentos do dólar comercial, pode ser uma boa oportunidade para fazer uma reserva em moeda americana. Desde julho, o dólar comercial passou de R$ 2,05 para os atuais R$ 1,99 na ponta de venda. É uma queda de 3%. Já o turismo saiu de R$ 2,17 em julho para os atuais R$ 2,13, uma queda de 2%.
— Como o Banco Central sinalizou que vai usar o câmbio para evitar uma alta maior da inflação, a expectativa é que o dólar comercial se desvalorize, nas próximas semanas, e o dólar turismo siga esse movimento. O mercado vai testar qual é o piso que o BC está considerando a partir de agora. Nesse contexto, há oportunidade para o viajante comprar o dólar turismo em uma cotação mais amigável — avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
— Como mudou a estratégia do governo em relação ao dólar, ninguém sabe até onde a moeda pode chegar no câmbio comercial. O fato é que abaixo de R$ 2 pode acontecer de tudo — avalia João Medeiros, sócio da corretora Pionner.
Para quem está pensando em aproveitar essa oportunidade de adquirir dólares mais em conta, o ideal é comprar aos poucos. Pode ser a cada 15 dias ou semanalmente. Essa estratégia ajuda a diluir os riscos, diz Galhardo, da Treviso.
— Comprar aos poucos ajuda a diluir o risco de uma alta inesperada. É uma estratégia que independe do cenário econômico. Vale comprar um pouco agora, seja US$ 500 ou US$ 1 mil, comprar mais daqui a quinze ou 20 dias e deixar para comprar pouco perto da viagem — alerta Reginaldo Galhardo.
O dólar turismo é usado pelo turistas na compra de passagens aéreas internacionais e de moeda americana em espécie em bancos e corretoras. Segundo Reginaldo Galhardo, o mercado de dólar turismo é mais influenciado pela lei da oferta e da procura pela moeda em espécie. Já o câmbio comercial é usado em negócios, incluindo contratos de exportação, e também é influenciado pelo mercado futuro de câmbio.
— Os custos das operações com o dólar turismo são maiores porque os volumes negociados são menores. Isso se reflete na diferença entre as cotações de compra e venda no mercado de turismo — explica Galhardo.
— Nas negociações do câmbio comercial, muitas vezes não há nem entrada real de dinheiro no país. Em muitos casos, tudo é feito por contratos — afirma Medeiros.
Fonte: O Globo Economia
Como o dólar turismo reflete — ainda que com menos intensidade — os movimentos do dólar comercial, pode ser uma boa oportunidade para fazer uma reserva em moeda americana. Desde julho, o dólar comercial passou de R$ 2,05 para os atuais R$ 1,99 na ponta de venda. É uma queda de 3%. Já o turismo saiu de R$ 2,17 em julho para os atuais R$ 2,13, uma queda de 2%.
— Como o Banco Central sinalizou que vai usar o câmbio para evitar uma alta maior da inflação, a expectativa é que o dólar comercial se desvalorize, nas próximas semanas, e o dólar turismo siga esse movimento. O mercado vai testar qual é o piso que o BC está considerando a partir de agora. Nesse contexto, há oportunidade para o viajante comprar o dólar turismo em uma cotação mais amigável — avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
— Como mudou a estratégia do governo em relação ao dólar, ninguém sabe até onde a moeda pode chegar no câmbio comercial. O fato é que abaixo de R$ 2 pode acontecer de tudo — avalia João Medeiros, sócio da corretora Pionner.
Para quem está pensando em aproveitar essa oportunidade de adquirir dólares mais em conta, o ideal é comprar aos poucos. Pode ser a cada 15 dias ou semanalmente. Essa estratégia ajuda a diluir os riscos, diz Galhardo, da Treviso.
— Comprar aos poucos ajuda a diluir o risco de uma alta inesperada. É uma estratégia que independe do cenário econômico. Vale comprar um pouco agora, seja US$ 500 ou US$ 1 mil, comprar mais daqui a quinze ou 20 dias e deixar para comprar pouco perto da viagem — alerta Reginaldo Galhardo.
O dólar turismo é usado pelo turistas na compra de passagens aéreas internacionais e de moeda americana em espécie em bancos e corretoras. Segundo Reginaldo Galhardo, o mercado de dólar turismo é mais influenciado pela lei da oferta e da procura pela moeda em espécie. Já o câmbio comercial é usado em negócios, incluindo contratos de exportação, e também é influenciado pelo mercado futuro de câmbio.
— Os custos das operações com o dólar turismo são maiores porque os volumes negociados são menores. Isso se reflete na diferença entre as cotações de compra e venda no mercado de turismo — explica Galhardo.
— Nas negociações do câmbio comercial, muitas vezes não há nem entrada real de dinheiro no país. Em muitos casos, tudo é feito por contratos — afirma Medeiros.
Fonte: O Globo Economia
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